Como Os Líderes Podem Desenvolver a Segurança Como um Valor

Líder que transforma - líder empenhado e participando dos processo na indústria

A Segurança como um Valor!

Durante o período de normalidade econômica, estabelecer e fortalecer os valores de segurança dentro de uma cultura, é sempre uma dificuldade universal e invariável. É semelhante a manter a sua cabeça acima da água numa lagoa calma. É preciso um esforço incansável e constante para fazê-lo. No entanto, com a mudança do ambiente, como por exemplo: estar em um oceano turbulento, o esforço terá que ser maior. Este é o desafio a ser enfrentado quando a economia muda, para pior.

 

A Segurança como uma Prioridade!

O que funciona para estabelecer e sustentar uma cultura de segurança em tempos bons não vai funcionar em um período difícil.

Para aprender com esta recente estagnação, temos de analisar o poder de influência de uma cultura de segurança. O objetivo deste artigo não é convencê-lo do atributo positivo do desenvolvimento de uma cultura de segurança. Pelo contrário, é para ajudar você a entender que você já tem uma cultura de segurança implantada; talvez ela somente não seja do tipo que você precisa ou deseja.

Líder que transforma - líder empenhado e participando dos processo na indústria

Entenda o problema: uma cultura de segurança baseada no medo

Muitas pessoas argumentam que a última recessão foi conduzida pelo próprio medo da recessão. Se é válido ou não, o medo torna-se um estado de ser debilitante, impactando negativamente as normas culturais anteriormente estabelecidas, tais como os valores de segurança acima mencionados.

Airton Senna disse certa vez: “O medo faz parte da vida da gente. Algumas pessoas não sabem como enfrentá-lo, outras – acho que estou entre elas – aprendem a conviver com ele e o encaram não como uma coisa negativa, mas como um sentimento de autopreservação”.

Sabemos que o medo derrota mais pessoas do que qualquer outra coisa no mundo.

As dificuldades econômicas conduzem as pessoas a um estado de medo, perpetuada pela crença de que eles serão afetados negativamente: que eles vão perder o emprego e a estabilidade financeira. Esse medo tem provado ser um motivador excepcional, que influencia negativamente as pessoas a se expor a riscos, que poderiam ter evitados.

Muitas empresas relatam o aumento das demissões e férias coletivas. Os gestores preocupam-se com vender mais, produzir mais, reduzir custos, garantir empregos.

Francamente, nós a vimos chegando. Isso não foi uma surpresa. A pressão para produzir é um motivador universal sobre os trabalhadores, independentemente das condições de mercado e do segmento produtivo. Essa pressão não é apenas externa; é também interna. Afinal eles são trabalhadores.

Durante uma avaliação da cultura de segurança de uma organização realizada em 2010 (última recessão), um empregado expressou-me em particular: “Neste momento, eu prefiro ter um acidente no trabalho, do que ficar sem emprego.” Esta é uma triste realidade de muitos tra-balhadores que lutam para sustentar suas famílias.

 

Reconhecendo a Solução: Uma Cultura de Segurança com foco na excelência

As organizações que têm realizado um esforço ao investir para alcançar e manter a excelência em segurança.

Numa reunião com um cliente, um gerente brincou: “Nós tentamos planejar para o futuro, mas percebemos que a mudança é a única coisa constante. É importante que nossos líderes estejam preparados para o imprevisto“.

Independentemente do segmento produtivo, os gestores reconhecem que a mudança é constante e continuam a superá-las.
Além disso, eles continuam a atingir novos níveis de realizações, enquanto outros têm a sorte de manter a estabilidade no desempenho.

Essas empresas tornaram-se conscientes para o fato de que a sua cultura de segurança é o seu mecanismo de sustentabilidade mais eficaz. Não só para a Segurança, como para a Qualidade e Produtividade.

Uma vez que os valores de segurança foram verdadeiramente integrados e são reforçados nas suas atividades organizacionais, é preciso mais do que mudanças de mercado para modificar as invejáveis crenças que foram instaladas.

 

Considere a Cultura uma Estratégia Melhor que Custos

Na maior parte do mundo desenvolvido, as empresas têm evoluído a partir da medição nos balanços para a medição do ativo. Considere em proteger estes maiores investimentos por examinar internamente o estado atual da sua cultura de segurança.

É o mais desejável que pode ser aproveitado em face de recessões futuras? Esta não é uma visão de futuro pessimista; é uma realidade que devemos proteger agora.

Todo querem voltar para casa ao final do dia de trabalho.

Algo óbvio é que, a cada ano, a performance das organizações vai subir e descer. Para os trabalhadores, o maior valor é a família. Ela não pode cair!

O ser humano protege sempre os seus maiores VALORES!

melhoria na cultura de segurança que você promover será entre o que eles mais vão se lembrar, ao contrário de outros objetivos de negócios, pois a segurança os afeta pessoalmente.

Criar uma cultura voltada para a excelência da segurança não só para ajudá-los e às suas famílias durante os bons tempos, mas nos difíceis também.

Eles vão retribuir com união, senso de dever, dedicação, empowerment, produtividade, qualidade, lealdade e permanência. O efeito? A superação da nova crise e o desenvolvimento do negócio.

Pense nisso!

 

Carlos Massera é o Diretor e o agente de transformação na M&M Tecnologia Comportamental, uma empresa de desenvolvimento da liderança em segurança. Nos últimos 25 anos implantou e desenvolveu a operação segura através da liderança e do comportamento seguro, fortalecendo a cultura de segurança alinhado aos objetivos organizacionais. Pessoalmente liderou as iniciativas onde as empresas obtiveram o melhor desempenho em segurança de sua história. 

3 Erros Frequentes Que Matam o Seu Formulário de Observação

líder e seus formulários - gerente\supervisor de operação preenchendo formulários em meio a operação

As observações do comportamento seguro e um ótimo formulário de observação são as chaves do sucesso em qualquer Programa Comportamental para a Segurança, pois os dados que produz fornecem os meios para dar o feedback e corrigir qualquer problema na operação. Assim, muitos programas comportamentais lutam para manter este elemento fundamental. Quais seriam estes 3 erros frequentes e as soluções?

 

Os formulários de observação não abordam os comportamentos que conduzem aos acidentes.

Geralmente isto ocorre por que os registros dos acidentes não são analisados e permitiram que a percepção das pessoas dominaram o processo. O que quero dizer? O bom senso não é bom para a segurança, pois poucos o tem! Todos sempre têm alguma opinião sobre o que é certo em Segurança, mas nem todos são especialistas. Assim como em  Medicina, você procura o médico quando está doente. Ao examinar os seus dados de acidentes e incidentes, incluindo os quase-acidentes, utilizando técnicas de análise de dados (data mining), você será capaz de identificar os comportamentos que preocupam.

A Seleção dos comportamentos de risco pode ser facilmente obtida pelo aprofundamento da análise dos incidentes por local, tipo de incidente, hora, etc. A frequência de ocorrência dos comportamentos direciona-o para escolher os 20 % de comportamentos que geram 80 % dos acidentes.

líder e seus formulários - gerente\supervisor de operação preenchendo formulários em meio a operação


Emprestar os formulários de observação de outra empresa.

Frequentemente os profissionais de uma empresa EMPRESTAM um formulário de outra unidade ou empresa, na tentativa de cobrir todos os possíveis comportamentos (e estados psicológicos em alguns casos!), sem tentar identificar o pequeno número de comportamentos que geram a exposição aos leões e, por consequência, aos acidentes.

Então os gestores da empresa se surpreendem quando o número de acidentes não diminui ou não diminui como esperado. Um exemplo de um formulário de observação no estilo  “pega tudo” está a direita.

Se os seus registros de incidentes não estão adequados (e frequentemente não são!) para obter os comportamentos de risco que se associaram a eles, você irá precisar realizar uma Análise Comportamental (ABC) para descobrir os principais comportamentos. O certo é que você vai fracassar e a sua empresa também se continuar com a prática de copiar comportamentos de outros formulários.

Lembre-se: a necessidade da operação muda de uma área para outra, de uma unidade para outra, mesmo numa mesma corporação. Então, não copie!

 

Os formulários de observação focam nos atos inseguros ou estados pessoais.

O que é um formulário que foca no ato inseguro? Simples, veja estes exemplos de descrição de comportamentos – Sem usar EPI, Não olha para onde ande, Corre, etc. E de estados pessoais? Os exemplos são: Está com pressa, Trabalha sem atenção, etc.

A dificuldade  é que os estados pessoais não são comportamentos e não são observáveis. Qualquer abordagem a estados pessoais é inferência e uma opinião pessoal. Fica a pergunta: como é que você vai promover a melhoria de dados que são subjetivos e cada observador pensa de uma forma e vê o mundo de forma diferente? Vai dar problema…

O desafio de lidar com programas de comportamento seguro ou auditorias comportamentais (sempre dói!) que usam uma relação de comportamentos que são atos inseguros é… Eles reforçam o ato inseguro ao invés de promover o comportamento seguro. Isto está provado por pesquisas desde a década de 70!

Vamos tentar explicar um pouco mais! Tem um exercício: 1) pense que está com vontade de tomar chá (é sério, mentalize esta vontade), 2) não pense numa xícara de chá, 3) não pense em você bebendo uma xícara de xá.  Como pode perceber, é impossível.

O não é ignorado e realizamos o ato inseguro. Solução: utilize uma relação de comportamentos seguros que irão afastar a probabilidade de haver um incidente.

 

Carlos Massera é um consultor de gestão e comportamento, palestrante em Segurança e Liderança. Autor de “7 Fatores para o Sucesso de Seu Programa Comportamental, ” O que é a Segurança Comportamental”, “Como a Liderança Garante a Melhoria para a Segurança”  e o seu livro mais novo a ser lançado na Amazon “Aumentando a Percepção dos Riscos”.  Ele é um especialista em como alcançar as pessoas – como falar com elas para ouvirem e entenderem.

 

 

 

 

4 Perguntas a Fazer aos Seus Supervisores para Estabelecer uma Forte Cultura de Segurança.

Conversa com líder- liderados questionando seu líder

Este é um tema desafiador!

Seus funcionários podem seguir todos os procedimentos, usar todos os equipamentos de proteção individual (EPI), obedecer a todas as regras e ainda se machucar? A resposta é um grande e sonora SIM!.

É por isso que os líderes eficazes aprendem a identificar a necessidade de influenciar os funcionários para que eles façam mais do que o necessário, que se esforcem além do mínimo.

É claro que as empresas esperam a adesão às regras, políticas e procedimentos. Se o trabalhador não cumprir, a empresa pode administrar medidas disciplinares. Disciplina, no entanto, raramente motiva uma pessoa a querer fazer mais e melhor. Além disso, as estatísticas em nossos clientes evidenciam que o número de violações envolvidos nos acidentes é da ordem de 20 a 50 %. Todas as empresas poderiam aplicar medidas disciplinares. Não aplicam, por que não resolve.

 

Qual é o nível de desempenho em segurança de seus funcionários em uma escala de um a 10?

 

Dez representa um atleta olímpico que sempre trabalha cada vez melhor e vai além. Cinco representa alguém que faz o mínimo necessário (ou seja, o comportamento esperado para manter o emprego e a carteira de trabalho assinada). Como você classifica o nível médio de desempenho no seu grupo de trabalho, equipe ou empresa?

Certamente existem alguns que podem estar abaixo das expectativas e há aqueles que têm a energia para fazer mais. Mas o que funciona para motivar o esforço discricionário de uma pessoa não é necessariamente o que motiva a outra. Incentivos muitas vezes sair pela culatra e recompensas são dificilmente freqüentes ou atraentes o suficiente. A motivação não é tão simples quanto se pensa.

Quais as ferramentas e abordagens que você usa para ativar em potencial empregado para fazer mais do que se espera? As empresas mais bem sucedidas utilizam o coaching de desempenho para transformar seus supervisores, pois eles têm o maior impacto e o mais direto sobre o comportamento dos funcionários.

Conversa com líder- liderados questionando seu líder

Para treinar de forma eficaz para o desempenho, quatro perguntas básicas devem ser respondidas:

 

O que você quer a pessoa faça?

Isso precisa ser definida em termos de comportamento e  não resultados. Ao invés de sugerir alguém para “estar seguro” ou “não se acidentar”, o que exatamente é que eles precisam fazer para ficar seguro? Da mesma forma, se você quer uma força de trabalho engajada para a cultura de segurança, o que você observa sendo feito  e ouve sendo dito sugere que eles estão envolvidos?

 

Como você comunicar isso a eles?

Uma comunicação eficaz tem duas funções, emissor e receptor – o que você faz para dar e receber entendimento. E ambos precisam estar ligados e sintonizados na mensagem. O envio de sinais é quase inútil se não houver validação de que a mensagem foi recebida. Preste atenção na tripulação de comando de uma aeronave – os aviões pararam de cair com a verificação do entendimento da mensagem.  Como você vai alcançar as expectativas comportamentais desejadas mantendo a força de trabalho motivada?

 

O que acontece se eles fazem o que você gostaria que eles fizessem?

A maioria das empresas têm políticas e abordagens disciplinares progressivas, mas poucos têm reconhecimento e valorização progressivos. Como é que você vai garantir um aumento nas consequências positivas e reforços positivos quando as pessoas continuam a melhorar o desempenho, superando as expectativas?

 

O que acontece se eles não fazem o que você gostaria que eles fizessem?

As consequências negativas são projetados para parar um comportamento específico, não para iniciá-lo. Claro, as consequências negativas pode levar a um comportamento, mas nem sempre são os comportamentos  desejados. Não punir funcionários por não usar o EPI necessário não garante que eles irão usá-los. A melhoria do comportamento pode resultar no funcionário punido usar o EPI somente na presença de quem aplica a punição, ao invés de sempre usar o EPI.

 

A postura de polícia para a Segurança tem provocado muito mais danos do que benefícios.

Ninguém é bandido para ser pego por um policial. E este é um dos fatores limitadores da melhoria de desempenho em segurança nas organizações. Na presença do policial, todos se comportam muito bem.Além de ocorrer a sub-notificação de casos para que ninguém seja punido.

Tornar-se um líder e um coach efetivo vem com o aprendizado das respostas a estas importantes perguntas e, desta forma, você e ou supervisor e o gerente conseguem melhorar o desempenho em   segurança e fortalecer a cultura de segurança da empresa.

As habilidades de coaching melhoram todas as áreas de desempenho, não apenas a segurança,
mas também a qualidade e a produtividade. Os benefícios impactam a organização em quase todas as áreas do desempenho humano e são um dos instrumentos mais eficazes para mover a cultura do dependente para i inter-dependente, do tem que fazer para o querer fazer.

 

Carlos Massera é um especialista em Liderança e Comportamento Seguro, palestrante em Segurança e Liderança. Autor de “7 Fatores para o Sucesso de Seu Programa Comportamental, ” O que é a Segurança Comportamental”, “Como a Liderança Garante a Melhoria para a Segurança”  e o seu livro mais novo a ser lançado na Amazon “Aumentando a Percepção dos Riscos”.  Ele é um especialista em como alcançar as pessoas – como falar com elas para ouvirem e entenderem. A palestra de Carlos  “Liderando com a Segurança” vai ajudar a sua organização a alcançar os seguintes objetivos: melhor engajamento e compromisso com a segurança, aumentar o trabalho em equipe, melhorar a comunicação. Clique aqui para obter mais informações e para conversar sobre as  suas necessidades com o Carlos Massera.

Mais 3 Percepções Complicadas para a Liderança em Segurança

Liderança em segurança - lide analisando informações em prancheta em meio a operação

Em continuação com o nosso artigo anterior ! As 3  Percepções Mais complicadas para a Segurança, não podemos deixar de apresentar as abaixo descritas:

A Excelência em Segurança não é definida por ficar sem acidentes.  A crença é gerada assim: “Se ter segurança significa não se acidentar, então qualquer coisa que eu faça, sem me machucar, deve ser segura”. Infelizmente, essa falsa crença é perpetuada pela forma como muitas empresas medem e celebram a segurança. Ficar um tempo sem acidentes, fazem um grande alvoroço com isso, reforça a percepção de que estamos trabalhando bem (mesmo os que realizam comportamentos de risco), além disso , a sensação de que estamos seguros, faz com que as pessoas relaxem, o que torna aceitável assumir um risco, desde que você não se machuque.

 

O Acidente Zero é impossível.

Muitas organizações sustentam o objetivo de zero acidentes, o qual é difícl de ser atingido e requer muito trabalho, muito foco. Na verdade, este não é um ótimo indicador de segurança – não ter acidentes não define se você segurança. Já disse a muitos diretores de empresas que eles são protegidos por Deus. E isso sempre é verdade. O problema é quando você só tem isso! Na melhor das hipóteses, este é um de um coeficiente de frequência e , por si mesmo, não promove estratégias de sucesso, além de ser um indicador de erro. No entanto, a questão  é, se as pessoas não acreditam no objetivo, com base na realidade em que vivem. E se elas forem os líderes, esta jornada torna-se impossível de ser feita.

Liderança em segurança - lide analisando informações em prancheta em meio a operação

 

Nós Somos MUITO MUITO Bons.

Orgulho! Falso senso de competência! Muitos times e gestores “acham” que estão muito bem. é aí que começa perder o jogo. Essa crença é perigosa. Muitos líderes criam esta percepção através da implementação de programas que não são personalizados para a cultura de sua empresa e que ganham alguns prêmios de pouco valor. Como resultado, muitos sentem que não há nada mais que pode ser feito para melhorar.

 

 

Carlos Massera é um especialista em Liderança e Comportamento Seguro, palestrante em Segurança e Liderança. Autor de “7 Fatores para o Sucesso de Seu Programa Comportamental, ” O que é a Segurança Comportamental”, “Como a Liderança Garante a Melhoria para a Segurança”  e o seu livro mais novo a ser lançado na Amazon “Aumentando a Percepção dos Riscos”.  Ele é um especialista em como alcançar as pessoas – como falar com elas para ouvirem e entenderem. A palestra de Carlos  “Liderando com a Segurança” vai ajudar a sua organização a alcançar os seguintes objetivos: melhor engajamento e compromisso com a segurança, aumentar o trabalho em equipe, melhorar a comunicação. Clique aqui para obter mais informações e para conversar sobre as  suas necessidades com o Carlos Massera.ra.

As 3 Percepções Mais Complicadas para a Liderança em Segurança

Lider em segurança no trabalho - chefia na operação de indústria

As nossas percepções são afetadas por nossas experiências e também afetam o modo como percebemos as experiências futuras da vida, as  decisões na Segurança e a Cultura em que trabalhamos. Estas experiências geram as crenças que possuímos. Sempre afirmo que a cultura é o que as pessoas fazem quando ninguém está olhando. O que, por princípio, é a simples verdade.

As culturas de trabalho são o resultado de práticas de trabalho de sucesso, no passado, que foi valorizada e reconhecida pelos gestores e pelos grupos de trabalho. Um fase comum para designar uma cultura é: “É assim que fazemos este trabalho por aqui”. Estas pequenas valorizações diárias, tapinhas nas cotas e frases acabam por definir o perfil da cultura local. E isto exemplifica o fato de que as culturas são, de fato, o mecanismo ESSENCIAL  de sustentabilidade da segurança.

É, extremamente importante atentarmos para as cinco percepções mais perigosas para a segurança  que comprometem os investimentos e esforços na proteção da vida humana. Será que eles existem em sua organização?

 

Não vai acontecer comigo.  

A grande maioria das pessoas entrevistadas após um acidente descrevem uma crença similar. E ela estão certas do ponto de vista estritamente pessoal. Se ela sempre trabalhou desta forma, mesmo errada, e sempre se deu bem – como é que ela vai acreditar quando alguém lhe disse que ela está trabalhando errado e pode se machucar!. Como os principais riscos estão controlados, os que sobram são de pouca gravidade, baixa probabilidade e de grande exposição. Aspecto esse que afeta a percepção de risco e promove a COMPLACÊNCIA .Ser complacente é aceitar o erro nas suas ações, sem procurar melhorar, e isso pode ser consciente ou inconsciente.  É preciso usar ferramentas adequadas para lidar com a complacência e a baixa percepção de riscos.  É essencial  manter um senso de vulnerabilidade ou de respeito aos riscos. Pode acontecer com qualquer um de nós, porque existe um risco inerente em todos os ambientes e é uma resposta psicológica que ocorre com todas as pessoas.. O desafio reside na nossa capacidade de reconhecer esses riscos e adotar medidas pessoais para minimizar a exposição.

Lider em segurança no trabalho - chefia na operação de indústria


Segurança é um problema de condições & regras de trabalho
.

É dever de toda empresa e gestor fornecer as condições seguras de trabalho para que as pessoas possam voltar para casa, e bem, todos os dias. Só que por condições, o governo, muitos líderes e profissionais de segurança consideram somente aspecto físico, quando muito a quantidade de regras. O resultado disse é uma quantidade estúpida de trabalho na área de manutenção para fazer as melhorias, um valor de investimento financeiro enorme, um desgaste na gestão fenomenal para lidar com tudo isso. Esquecendo-se que, as condições afetam no máximo 5 % dos acidentes. E os comportamentos das pessoas abrangem de 85 a 100 %. Pense nisso! Será que não podemos focar melhor os nosso esforços diários. Afinal, regras e engenharia focam na melhoria das condições.


Fazer Segurança não é o meu trabalho.

Mesmo as multinacionais encontram este problema em suas culturas. por que? Simples, os profissionais de Segurança são contratados e pagos para fazer segurança. E eles centralizam, sem delegar, esta responsabilidade. Fato que é reforçado pelos líderes e principais executivos da empresa, em todos os momentos, reuniões, projetos, relacionamentos e comunicados da organização. Sem dúvida, é a responsabilidade primária de uma empresa criar primeiro um ambiente de trabalho seguro. No entanto, nenhuma organização consegue ser 100 %segura . Cada indivíduo precisa assumir a PROPRIEDADE da sua segurança e a de seu colega, para se minimizar as exposições aos riscos presentes no ambiente de trabalho.

 

Carlos Massera é um especialista em Liderança e Comportamento Seguro, palestrante em Segurança e Liderança. Autor de “7 Fatores para o Sucesso de Seu Programa Comportamental, ” O que é a Segurança Comportamental”, “Como a Liderança Garante a Melhoria para a Segurança”  e o seu livro mais novo a ser lançado na Amazon “Aumentando a Percepção dos Riscos”.  Ele é um especialista em como alcançar as pessoas – como falar com elas para ouvirem e entenderem. A palestra de Carlos  “Liderando com a Segurança” vai ajudar a sua organização a alcançar os seguintes objetivos: melhor engajamento e compromisso com a segurança, aumentar o trabalho em equipe, melhorar a comunicação. Clique aqui para obter mais informações e para conversar sobre as  suas necessidades com o Carlos Massera.

Você diz que quer Cultura de Segurança, mas vocês estão prontos?

treinamento na indústria - líder palestrando, usando uma lousa para expor conteúdo a seus colaboradores

6 padrões mínimos que estão impedindo você de estabelecer uma forte cultura de segurança.

Há seis áreas negligenciadas que são consideradas como padrões mínimos e estão impedindo você de estabelecer uma forte cultura de segurança. Aqui está a lista e como corrigí-los:

 

Competência

É um padrão mínimo permitido por uma empresa. Nada menos do que competência já é a incompetência. A linha entre os dois é estreita.
Correção: Não mire na competência. Vá além. Mire no domínio da função de trabalho junto com a segurança. Defina um padrão mais elevado para se tornar excepcional em seu trabalho. O desejo de querer proteger será acompanhado por uma habilidade excepcional. As melhores pessoas que fazem o melhor trabalho no melhor programa de segurança são mais do que competentes.

 

ISO (Certificado de Reconhecimento)

É um padrão mínimo orientado para o mercado hoje. Qualquer empresa sem uma certificação vai ter dificuldade para atrair novos negócios. Aqueles que estão sem certificação encontram-se espremidos no mercado. Isso torna a certificação um padrão mínimo determinado pelo mercado.
Correção
:
Se você não tiver a certificação, você já está atrás. Conseguir uma certificação é fácil quando os valores “principais” da empresa incluem a segurança. A segurança não pode mais ser um adendo para o trabalho existente. Deve se tornar a base e o fundamento em como você trabalha. Torne isso uma missão empresarial para conseguir a certificação de segurança.

 

Compliance

É um padrão mínimo de conduta (baseado em regras) esperada em Saúde e Segurança Ocupacional. O não cumprimento gera uma punição ou outra consequência negativa.O compliance é o padrão mínimo definido pelas Normas Regulamentadoras, por toda a Legislação, OHSAS e pelos regulamentos internos das empresas. A lei exige que você atenda a esses padrões mínimos.
Correção: Quando você se concentrar apenas no cumprimento de normas mínimas, você vai limitar o desempenho – você vai ser mais um, com uma nota ruim, num universo medíocre – assim como os alunos “D”, numa sala com média D ou E – grande coisa! Mantenha-se em um nível muito mais elevado. Como explicado sobre a competência, considere alcançar o domínio completo em segurança. Peça, motive, inspire e engaje os seus funcionários para que se comprometam e vivam a segurança como um valor pessoal.

 

Reuniões de segurança

Reuniões para DDS, emissão de Permissão de Trabalho, de pré-tarefa, de início de turno, etc.. são um padrão mínimo básico para cada local de trabalho. Como um requisito de gestão ou normativo, as reuniões de segurança tornaram-se depósitos de informação (um fala e outros ouvem), comunicados unidirecionais e palestras.Os trabalhadores se sentam nestes eventos sem papel, canetas e não há nenhuma maneira de se lembrar qualquer coisa apresentada. A participação dos trabalhadores não é exigida, não é estimulada e apenas cobra-se o comprecimento.
Correção: Substitua a reunião de segurança com o estilo palestra. Isso inclui você e os profetas do PowerPoint. Considere um formato mais estimulante do assunto de segurança, em que todos participam. Inclua novas idéias. Estimule o pensamento e as sugestões “foras da caixa”. Ofereça aos funcionários a inspiração para abraçar a segurança como um valor pessoal e como parte de suas reuniões de segurança.

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Gestão de Pessoas (Anuncie-Avalie-Entreviste-Demita)

O velho modelo de gestão dos trabalhadores é um padrão mínimo. Quando você tem alta rotatividade ou um trabalho inconsistente, você torna os funcionários descartáveis. As pessoas vão optar para ir onde o trabalho, o local de trabalho e os valores corporativos são mais segura. Os trabalhadores com fortes valores pessoais para a segurança não são atraídos para programas de segurança mínimos ou tímidos. Se o seu local de trabalho não se buscar um padrão mais elevado, você terá que escolher entre o conjunto de trabalhadores que fica pulando de um emprego para outro. Os anúncios e placas de que “Agora Contratamos” demonstram a sua incapacidade de atrair uma longa fila de bons candidatos.
CorreçãoO melhor lugar para se trabalhar é o lugar mais seguro para se trabalhar. Ponto. Uma cultura de segurança forte é a melhor ferramenta de recrutamento de funcionários, de atração e de retenção. Uma cultura de segurança forte atrai e mantém bons funcionários com fortes valores em segurança. As pessoas querem trabalhar onde eles se sentem respeitados e valorizados. Nada mostra melhor do que uma cultura de segurança que protege e cuida de seus funcionários.

 

Gerenciamento da cadeia de comando

Este modelo de gestão é um padrão mínimo e é praticamente inútil em segurança. Você não pode mandar os funcionários se comprometerem com a segurança. Na melhor das hipóteses, numa hierarquia, os trabalhadores vão tolerar as regras. As ordens que vem de cima para baixo para que se obedeça às regras de segurança não inspiram e não melhoram o desempenho de um trabalhador. Ele só inspira o trabalho suficiente para não ser demitido.
Correção: A Liderança Efetiva em Segurança é o novo modelo de gestão. Incentivar cada trabalhador para mostrar sua capacidade de liderança. Espalha a responsabilidade de segurança em toda a operação. Faça todos os trabalhadores iguais. O princípio fundamental da liderança de segurança é que os funcionários não trabalham para a gestão. A gestão trabalha para os trabalhadores fornecendo recursos para o desenvolvimento de habilidades, treinamento, inspiração e orientação.

 

Para evoluir  do foco para o atendimento mínimo das normas e alcançar uma forte cultura de segurança requer mais do que novos procedimentos. Ela exige uma mudança filosófica em torno dos valores corporativos: onde os funcionários são valorizados acima de todo o resto. Os bons funcionários com bons valores fazem um bom trabalho, o que gera um bom dinheiro – para você e/ou para a empresa. Comece com a proteção de seus funcionários. Eles vão protegê-lo!

 

Carlos Massera é um consultor de gestão e comportamento, palestrante em Segurança e Liderança. Autor de “7 Fatores para o Sucesso de Seu Programa Comportamental, ” O que é a Segurança Comportamental”, “Como a Liderança Garante a Melhoria para a Segurança”  e o seu livro mais novo a ser lançado na Amazon “Aumentando a Percepção dos Riscos”.  Ele é um especialista em como alcançar as pessoas – como falar com elas para ouvirem e entenderem. A palestra de Carlos  “Liderando com a Segurança” vai ajudar a sua organização a alcançar os seguintes objetivos: melhor engajamento e compromisso com a segurança, aumentar o trabalho em equipe, melhorar a comunicação. Clique aqui para obter mais informações e para conversar sobre as  suas necessidades com o Carlos Massera.

4 Fatos Importantes para a Percepção de Riscos

Percepção de risco - líder observando indústria

Por que Aumentar a Percepção de Riscos?

A percepção de riscos exata por todos os funcionários, dentro de uma organização, é importante para uma gestão eficaz da segurança e saúde.

É mais provável que ocorra um acidente se os funcionários não identificam todos os perigos potenciais ou avaliam erroneamente os riscos ao realizar as operações. A eficácia da avaliação do risco depende da precisão do julgamento.

vários fatores que afetam a percepção de riscos, gerando uma diferença (“gap”) entre o risco real e o risco subjetivo. É importante que as organizações periodicamente avaliem este “gap”, de forma a desenvolver e implantar mecanismos para reduzi-los.

O “gap” na percepção de riscos  pode afetar a precisão das tarefas de análise de riscos, incluindo a sua identificação, avaliação da probabilidade e consequências, além da especificação e implantação das medidas de controle. Em complemento, a esta introdução, as pesquisas durante as consultorias e seminários revelam que gerentes e profissionais de segurança “sentem” que a precisão das análises de risco tem que ser melhoradas e que este é um fator causal em vários acidentes. Consequentemente é importante entender os fatores de percepção de riscos e comportamentais que afetam a precisão da análise realizada pelos funcionários de linha.

FATO 01: O FATOR MEDO (ameaça)

As pesquisas na percepção de riscos fornecem uma importante informação sobre como os novos funcionários ou funcionários inexperientes de uma equipe pensam sobre risco.

Estes estudos sugerem que a natureza, as características do risco, assim como o quanto se sabe sobre ele, o seu controle sobre as consequências e o impacto em futuras gerações, influenciam as suas percepções.

Estas características podem ser resumidas em dois fatores: “medo” e “desconhecimento. Acidentes em reatores nucleares é um exemplo de um perigo que aumenta a pontuação do fator medo. Há semelhança de percepção de riscos sobre alteração DNA, produtos transgênicos, eletricidade, etc. Se há uma pontuação devida nos fatores medo e desconhecimento, então as pessoas mais provavelmente irão avaliar mal (sobre avaliar) os riscos.

FATO 02: VARIAÇÕES (GAP) NA PERCEPÇÃO DE RISCOS DOS TRABALHADORES.

Os trabalhadores tendem a subestimar o risco das tarefas que eles realizam frequentemente. Esta variação (gap) é chamada de “habituação ao risco”. Ela é devida às pessoas se acostumarem à exposição dos riscos e, consequentemente, subavaliarem o mesmo, tornando-se complacentes. Esta complacência deve-se ao fato de realizarem a tarefa frequentemente e nunca terem experimentado um acidente — um caso de familiaridade, exposição e de consequências positivas associadas a esta exposição

 

Várias iniciativas podem ser adotadas para reduzir o impacto do “gap” na percepção de riscos. Os programas de comunicação do risco devem contribuir para isso, destacando os riscos e associando as medidas de controle usadas para reduzir o risco. Eles devem especificar a tarefa e destacar as que possuem uma exposição mais frequente. Se possível, deve-se usar os dados de acidentes em que a percepção de riscos  foi um fator causal, destacando as consequências.

 

FATO 03: CONSEQUÊNCIAS DA HABITUAÇÃO AO RISCO

Um operadora de linha experiente, numa cerâmica, perdeu a primeira falange do indicador direito. Os pisos cerâmicos eram transportados por correias elásticas e um dos pisos transportados saiu de posição sobre a polia. Infelizmente, a polia estava desprotegida (falha de projeto). Detalhe importante: a operadora sabia que não devia colocar a mão lá. Ao colocar a mão sugere-se que ela foi complacente com o risco.

Por outro lado, há evidências de que os trabalhadores superestimam o risco em tarefas notoriamente perigosas, operações que não são frequentes ou riscos que produzem o sentimento de “ameaça / medo” ou que são percebidos como “ desconhecidos” – o Fator Medo. Os trabalhadores parecem sobre-estimar o risco quando eles se fixam muito nas consequências e não na probabilidade de ocorrência do evento danoso.

Os riscos em operações eventuais tendem a ser superestimados, pois os trabalhadores possuem um sentimento de controle menor e de expertise. Os trabalhadores também tendem a se fixar nas consequências de operações que possuem a fama de serem notoriamente perigosas porque as consequências são fortes, vivas, imagináveis, etc. Isto significa que eles se preocupam demais com as consequências e, portanto, superestimam o risco.

Além disso, quaisquer acidentes que ocorreram tendem a continuar a “ existir” ou a serem “comentados” muitos anos depois do evento ter ocorrido, o que chama a atenção dos trabalhadores quando estarão realizando a operação. Por exemplo, os trabalhadores de uma ferrovia sobre-estimam o risco da composição descarrilar ou a de serem “pegos” na área de engate das composições durante as manobras, devido a natureza vívida e horrível deste evento. A sua estimativa de um risco pode ser tão problemática quanto a subestimativa.

Se os trabalhadores estão preocupados com os riscos de uma operação, eles podem não prestar atenção suficientemente aos outros riscos ou perigos. Por exemplo, quando os funcionários estão interrompendo uma linha de ácido sulfúrico, eles tendem a focar mais nos riscos de vazamento e não prestam atenção suficiente para os riscos menores, tais como, tropeçar ou cair da altura. As estatísticas de acidentes sugerem que a sua menor ocorrência e maior probabilidade que estes menores riscos são mal controlados.

Para mitigar a variação de percepção de riscos, as organizações tendem a desenvolver mecanismos que garantam que os funcionários tenham a “consciência” do problema (conhecimento) associado à operação.

Fornecendo informação baseada na avaliação dos riscos, muitas vezes, não incluindo riscos comuns, tais como, tropeçar. Em complemento, quando comunicam sobre o risco, os exemplos de acidentes anteriores aonde o julgamento incorreto foi um fator causal, também  pode ser uma abordagem vital.

As pesquisas sobre percepção de riscos, em várias organizações, evidenciam que um conhecimento mais prático sobre a atividade, aumenta a probabilidade de o trabalhador ser capaz de identificar todos os perigos e possuir percepções precisas. Assim, é essencial que as pessoas que realizem as avaliações de risco possuam uma experiência prática relevante sobre a operação que está sendo analisada.

 

FATO 04: A IMPORTÂNCIA DO CONHECIMENTO DE TAREFA

Dois homens foram mortos quando eles foram envolvidos pelo monóxido de carbono produzido por um conjunto motor bomba a combustão, que foi colocado num poço para drenagem. A sua falta de conhecimento sobre o uso correto de moto bomba tornou-os “inconscientes” sobre o perigo que os envolvia.

Pesquisas realizadas em indústrias florestais e de carvão sugerem que o supervisor tem maior probabilidade de subestimar um perigo do que o funcionário operacional, pois para eles a percepção do benefício x risco é alterada pela busca da produtividade.

O envolvimento dos membros do time no processo de análise de riscos e perigos promove um balanceamento, melhorando a percepção de riscos  do supervisor sobre o risco e suas consequências. Esta abordagem é apoiada pela descoberta de que trabalhadores marítimos (offshore) têm uma menor probabilidade de se envolver em acidentes se os seus supervisores se envolverem no processo de análise de riscos.

 

REDUZINDO O IMPACTO DA VARIAÇÃO DA PERCEPÇÃO DE RISCOS

No passado, os pesquisadores sobre a percepção de riscos analisavam a precisão dos julgamentos das pessoas pedindo-os para responderem a sua estimativa de risco, numa escala numérica. De forma geral, estes trabalhos acharam uma pequena correlação entre o risco subjetivo e o risco objetivo; portanto os participantes não possuíam uma percepção precisa do risco.

As pesquisas mais recentes acharam que as percepções de risco podem, de fato, terem sido precisas; mas as pessoas acham difícil expressar as suas percepções de risco em termos probabilísticos, pois não é a forma natural das pessoas pensarem sobre riscos.

Isto sugere que os procedimentos de análise provavelmente serão mais efetivos se eles forem elaborados para permitir que os funcionários expressem as suas estimativas de risco em termos simples (baixo, médio e alto). A pesquisa com os trabalhadores marítimos também mostrou que as percepções de risco possuem correlação razoável com indicadores, tais como, estatísticas de acidentes e resultados da análise de risco.

Portanto, é desejável que os funcionários pontuem os riscos identificados ao invés de fazerem julgamento de probabilidade e de consequências para cada risco. A consciência /percepção de riscos situacional é crítica quando se analisa os riscos associados a uma operação. Se os funcionários operacionais não estão cientes das outras operações pessoais ou atividades que podem afetar o seu trabalho (ou vice-versa), as medidas de controle definidas para eles provavelmente serão inadequadas.

Assim, é vital que o time ou pessoa que analisa os riscos, tenha uma visão geral das operações e fatores que as afetam. Uma consideração de ordem prática importante é a determinação do tempo entre a análise e a realização da tarefa. Outra pesquisa sugere que se análise for feita pouco antes do início da operação, pode-se limitar a necessidade das medidas de controle durante a operação. Além disso, os que realizaram as análises devem ter a autoridade para acessar os recursos necessários, caso contrário a vantagem da análise será diminuída.

 

DIREÇÕES FUTURAS

A eficácia das campanhas para comunicação dos riscos pode ser melhorada pelo aumento da credibilidade da mensagem. As pessoas precisam confiar no comunicador para acreditar na mensagem que é transmitida. Ajuda e muito se houver representantes dos funcionários ou do sindicato na campanha, se eles forem vistos como confiáveis pela força de trabalho.

é vital o desenvolvimento de mecanismos que elevem a percepção de riscos  dos funcionários sobre a importância dos riscos com pequenas consequências e altas probabilidades quando fizerem análises de risco. O outro aspecto importante é o desenvolvimento de sistemas de apoio à análise de risco. Um sistema de apoio à decisão pode reduzir o impacto de variação de percepção de riscos pela remoção da necessidade dos funcionários terem que determinar probabilidades e consequências.

 

 

LIVRO: A PERCEPÇÃO DE RISCOS

Carlos Massera é um especialista em Liderança e Comportamento Seguro, palestrante em Segurança e Liderança. Autor de “7 Fatores para o Sucesso de Seu Programa Comportamental, ” O que é a Segurança Comportamental”, “Como a Liderança Garante a Melhoria para a Segurança”  e o seu livro mais novo a ser lançado na Amazon “Aumentando a Percepção dos Riscos”.  Ele é um especialista em como alcançar as pessoas – como falar com elas para ouvirem e entenderem. A palestra de Carlos  “Quando o Risco Não é Um Risco” vai ajudar a sua organização a alcançar os seguintes objetivos: melhor engajamento e compromisso com a segurança, aumentar o trabalho em equipe, melhorar a comunicação. Clique aqui para obter mais informações e para conversar sobre as  suas necessidades com o Carlos Massera.

 

 

Para Aumentar o Engajamento em Segurança Você Deve Dizer…

Reunião industrial - grupo de operário e seu líder em reunião

 Respostas irreverentes devem parar imediatamente. Desconsiderar as preocupações como sem importância, desengaja as pessoas do trabalho e da segurança.

“A maioria das pessoas não escuta com a intenção de entender; elas ouvem com a intenção de responder “.

– Stephen R. Covey, Os 7 Hábitos das Pessoas Altamente Eficazes.

Você escuta os outros com o objetivo de fornecer uma resposta – não para entender – especialmente no local de trabalho. Atenção gestores de segurança, supervisores e coordenadores: esta é uma informação crucial que você precisa saber!

Você deve entender como as pessoas ouvem, pois a sua comunicação de segurança pode falhar. As pessoas não necessariamente ouvem para compreender como elas podem fazer o trabalho melhor e mais seguro. Eles muitas vezes escutam para se defender, para explicar as suas ações ou para culpar algo.

As pessoas nem sempre ouvem para compreender. Se o fizessem, não haveria necessidade de repetir as mesmas coisas novamente nas reuniões de segurança. Se as pessoas ouvissem para entender, você só precisaria dizer uma vez.

 

Você está condicionando as pessoas a responder – Não para Compreender

Mas, você não está condicionando os seus liderados para entender. Você não oferece canetas e papel nas reuniões de segurança. Você não pode pedir aos participantes para tomar notas. Você só lhes pede para se sentarem nas reuniões. Os pensamentos deles, nas reuniões de segurança desengajadas (predomina o monólogo), estão no trabalho que eles precisam fazer quando a reunião acabar. Eles estão pensando sobre o que eles vão fazer neste fim de semana ou no contra-filé que querem saborear.

No conversas pessoa a pessoa, ouvir para responder é ainda maior frequente. Poucas pessoas ouvem a instrução ou a avaliação de desempenho sem sentir a necessidade de responder. As pessoas oferecem desculpas para justificar as suas ações. Eles respondem. A necessidade deles de estarem certos é maior do que a necessidade de entender.

 

Time de Segurança Faça Isso Também

Gerentes e supervisores de segurança não são diferentes. A tentativa de lhes oferecer alguns conselhos pode levá-los a parar de querer  compreender e, em vez disso, começam a se preparar para responder.

Enquanto você está preparando uma resposta, você não está totalmente presente na conversa. Não tem como. É impossível preparar a sua resposta ao mesmo tempo em que ouve para compreender. Você só pode fazer uma coisa ou outra, mudar de um para outro consome segundos precisos que você acaba por perder.

Reunião industrial - grupo de operário e seu líder em reunião

Mas, e se …

Mas e se você já tinha a resposta preparada antes da conversa começar? Você acha que você seria capaz de entender melhor a intenção de comunicação?

A resposta pensada reduz comunicação contraditória no trabalho. Como pode ser contraditório quando você está ouvindo? Os funcionários se tornam mais engajados e mais confiantes com você quando você parece se importar e ouvir. Eles estariam mais inclinados a ter diálogo franco com você. Mais diálogo significa mais compreensão. Mais compreensão significa uma melhor comunicação. Melhor comunicação leva ao aumento da performance em segurança.

 

Então, qual é a resposta que muda tudo? Aqui está:

“Eu aprecio o seu comentário (pergunta / preocupação / crítica). Deixe-me receber isso como um conselho (pensar nisso / meditar sobre isso). Eu vou voltar a falar com você para lhe dar uma resposta adequada até sexta-feira ao meio-dia (data e hora apropriada)”

Por que isso funciona? Bem, vamos dividir a resposta em 3 partes:

Em primeiro lugar, agradeça o comentário

Alguns dos mais difíceis ações das pessoas é fazer uma pergunta ou um comentário no local de trabalho na frente de seus colegas. Não os faça se sentir errados ao se manifestarem. Não os iniba com a sua resposta antes que eles possam alcançar o seu ponto. Deixe-os falar. Aprecie a coragem que ele teve para dizer alguma coisa.

 

Em segundo lugar, aceite considerar o comentário

Quando o fizer, isso significa que você ouviu para  entender e não para responder. Você não os inibe agindo assim. Você considera o ponto de vista deles. Então, antes de responder, processa a sua resposta através de um filtro. Isso garante que você não diga muito ou pouco. Em sua resposta, vai incentivá-los a fazer mais perguntas. Ela constrói o engajamento no programa de segurança. Reconheça positivamente pelo seu ponto de vista – mesmo que a primeira exposição não tenha dado certo para eles.

 

Em terceiro lugar, você se dá tempo para obter a resposta certa

Dê a si mesmo um prazo razoável para considerar a pergunta ou comentário realizado. Você quer responder com o “timing”certo (no dia seguinte, no máximo). Mas se você tem que fazer alguma pesquisa ou trabalhar a idéia junto aos seus superiores, então utilize-se de alguns dias para chegar às pessoas certas. Mas, não demore em ter uma resposta no tempo adequado e não permita que o comentário morra sem uma resposta. Isso reflete muito mal em você e na empresa.

As respostas irreverentes devem parar imediatamente. Descartar preocupações que parecem sem importância, desengaja as pessoas. Incentive-as com mais perguntas e comentários. Quando as pessoas fazem perguntas, eles se envolvem. Eles estão tomando posse do programa de segurança. Nós querem que elas sejam donas, que tragam a propriedade para si. Eles estão começando a comprar. E você, está construindo o engajamento de segurança, melhorando a sua reputação como líder de segurança.

A segurança é como você inicia a conversa sobre melhorar a cultura corporativa.

 

Carlos Massera é um consultor de gestão e comportamento, palestrante em Segurança e Liderança. Autor de “7 Fatores para o Sucesso de Seu Programa Comportamental, ” O que é a Segurança Comportamental”, “Como a Liderança Garante a Melhoria para a Segurança”  e o seu livro mais novo a ser lançado na Amazon “Aumentando a Percepção dos Riscos”.  Ele é um especialista em como alcançar as pessoas – como falar com elas para ouvirem e entenderem. A palestra de Carlos  “Liderando com a Segurança” vai ajudar a sua organização a alcançar os seguintes objetivos: melhor engajamento e compromisso com a segurança, aumentar o trabalho em equipe, melhorar a comunicação. Clique aqui para obter mais informações e para conversar sobre as  suas necessidades com o Carlos Massera.

 

Quem Deve Implantar a Segurança Comportamental?

time unido para um comportamento seguro - operários justos com mãos ao centro simbolizando trabalho em equipe

Quem Deve Implantar a Segurança Comportamental?

Preste atenção aos fatores essenciais que as pessoas levam em consideração ao fazer uma contratação

Garantia

Você compraria um veículo com a estrutura comprometida? Provavelmente não, mas essa analogia representa exatamente como as organizações tendem a investir em segurança comportamental.

Para efeitos de entendimento neste texto, o termo BBS refere-se a Behavior Based Safety ou Segurança Comportamental.

Quando os líderes de uma empresa decidem que é o momento para uma abordagem comportamental para a prevenção de acidentes ou para a busca do acidente zero, quem é que deve realizar a implantação: consultores externos ou internos? Como um especialista em BBS, com 20 anos de experiência neste campo, a prática mostrou que as organizações devem olhar primeiro para as capacidades internas.

 

Descoberta em 20 Anos

Após inúmeras auditorias em programas de segurança comportamental, avaliações de sustentabilidade e maturidade destes programas, existentes em todas as grandes indústrias, uma triste verdade não pode ser refutada – as organizações que não tentam internalizar os conhecimentos necessários para o sucesso a longo prazo no BBS no início, raramente o fazem mais tarde. Depois que a informação mais importante para o processo é, em grande parte exteriorizada, um consultor deve permanecer de plantão; o que não é a maneira mais saudável para liderar uma grande melhoria em qualquer área de atuação. As mais efetivas melhorias de cultura são conduzidas de dentro das organizações.

O BBS é uma abordagem comprovada internacionalmente tanto para melhorar a cultura de segurança e para entender o que influencia os comportamentos para a prevenção de acidentes. Ela não exige um psicólogo, um sociólogo ou um cientista comportamental para ser bem sucedido.

Nestes anos de trabalho com BBS, treinamos um enorme número de pessoas para se tornar Consultores Internos de BBS e nem todos eles eram profissionais de segurança. De funcionários operacionais, coordenadores, engenheiros, auxiliares de logística, gerentes de fábrica, executivos e até mesmo profissionais de tecnologia da informação, todos conduziram com sucesso o processo de BBS personalizado para as suas próprias organizações.

 

Cultura da Organização

O que todos eles tinham em comum era a sua capacidade de entender melhor a sua cultura e o que as pessoas iriam ou não apoiar. É aí que reside o fator chave para fazer o BBS trabalhar para qualquer empresa em qualquer país – a abordagem deve ser feita para se ajustar a empresa em vez da empresa se ajustar à abordagem. Certamente um especialista externo pode ter uma percepção aguçadada cultura, mas os funcionários já possuem esta percepção. Então como eles podem se envolver para ajudar a garantir uma abordagem adequada e ajustada à cultura existente?

Os consultores externos certamente podem adicionar um valor significativo devido à sua experiência. Depois de 20 anos de implantações personalizadas em que realizei pessoalmente, adquiri a experiência para prevenir e lidar com problemas difíceis de se identificar durante as implantações e para manter a sustentabilidade no decorrer dos anos; mas o quanto de expertise é suficiente?

time unido para um comportamento seguro - operários justos com mãos ao centro simbolizando trabalho em equipe

O Segredo

Várias empresas têm sido bastante bem sucedidas com uma única pessoa treinada e certificada através de nossos workshops avançados. Outras organizações que buscam implantar em muitos locais estão tendo o que a M&M Tecnologia Comportamental chama de “abordagem híbrida para a Segurança Comportamental (BBS)”, no qual os recursos (internos e externos) são aproveitados para internalizar gradualmente a metodologia completa em um formato just-in-time e suficiente.

Normalmente, os funcionários são selecionados e treinados nas diversas ferramentas em torno do BBS que produzem uma competência significativa para colocar os conceitos em prática. Essas pessoas tornam-se competentes em como avaliar a cultura e para determinar o caminho de uma implantação personalizada, bem como na forma de auditar e melhorar o processo continuamente. Em seguida, eles participam da primeira implantação, passo a passo, voltando para as suas próprias áreas imediatamente depois de colocar em prática o que acabaram de aprender.

 

A Importância do Mecânico

Ao comprar um veículo com a estrutura comprometida, é preciso contar com um mecânico para qualquer reparo. O mesmo é verdade quando uma empresa não tem a capacidade de modificar e melhorar a sua abordagem comportamental para a melhoria da segurança. Tenha certeza de que se o recurso interno não é desenvolvido, você terá que gastar com consultores internos todo mês e a cultura não se desenvolverá. Pense nisso! Dependência não é evolução.

Teoricamente, qualquer processo que contribui para a melhoria da segurança, do comportamento seguro e, ao longo do tempo, influencia e melhora os hábitos da força de trabalho, também melhora a cultura. Se a cultura é então melhorada, o que funcionou no início para a implantação do BBS deve ser ajustada para se adequar à nova realidade. Caso contrário, ele vai se desconectar da nova e melhor cultura, tornando-se algo estranho e caro para se manter, tendendo a ser descartada ou seriamente comprometida. Com isso, finalizo com um pergunta – “Qual será a capacidade de resposta neste contexto, se você já tiver os consultores internos com experiência e preparados?

Escrito por:

Carlos Massera é um consultor de gestão e comportamento, palestrante em Segurança e Liderança. Autor de “7 Fatores para o Sucesso de Seu Programa Comportamental, ” O que é a Segurança Comportamental”, “Como a Liderança Garante a Melhoria para a Segurança”  e o seu livro mais novo a ser lançado na Amazon “Aumentando a Percepção dos Riscos”.  Ele é um especialista em como alcançar as pessoas – como falar com elas para ouvirem e entenderem. Clique aqui para obter mais informações e para conversar sobre as  suas necessidades com o Carlos Massera.

10 Motivos para a Sua Empresa Implantar a Segurança Comportamental com a M&M

Liderança para operação segura -colaboradores industriais satisfeitos

Processo de Implantação Típico

 

1 – Experiência do seu Consultor Mais experiência de aplicação direta (média mais de 25anos de consultoria)
Reconhecidos especialistas em Psicologia Comportamental e Segurança


2 – Complexidade Processo simples (basicamente 4 novos comportamentos)


3 – Quantidade de treinamento 3 a 4 dias para Comitê Gestor
1 dia para observadores


4 – Implantação Típica
(300-500 func.)
4 a 6 meses


5 – Flexibilidade e Integração Muito flexível, seu time concebe um programa que atende as necessidades de sua organização.
Os consultores permanecem mais tempo na unidade do cliente.
Divide a responsabilidade ao desenvolver os planos de implantação.
Fornece treinamento de acordo com a necessidade.
Formalmente coordenada com melhoria da Qualidade, TPM, Lean Manufacturing , 5S, 6 Sigma e outras iniciativas.


6 – Nível de suporte Consultores permanecem mais tempo na unidade do cliente
Fornece treinamento de acordo com a necessidade


7 – Ênfase Valores e discussão sobre as observações.
Equipe de processo usa dados das observações.
Pode usar o computador para resumir os dados e fazer gráficos.


8 – Custos Os custos por dia e o tempo na unidade são claramente especificados no escopo de cada contrato.
Precificação simples.
A sua empresa somente paga pelo trabalho realizado.


9 – Staff de Projeto Consultor dedicado a cada unidade durante a vida do projeto.
Principal consultor ativamente envolvido em cada projeto.


10 – Relacionamento com Clientes Menor número de clientes com dedicação integral, cada um é realmente importante.


Por:
Carlos Massera
Coach em Comportamento Seguro, Liderança e Cultura de Segurança